As coisas sempre me caíram.
Quando criança era um cachinho que vez por outra escapava sobre a testa ou os pensamentos curiosos que se estatelavam pelo chão.
Agora me caem as palavras. Sobre mim e minh´alma ( juntas, eu e alma, escoamos pelos pés! )Também caem amores! Amores e palavras são os mais comuns!
Palavras que caem numa estrada empoeirada e crescem, depois das chuvas, recostadas a um pé de milho meio torto. Palavras que soam nas palmas de minhas mãos numa porta amadeirada desejando mudar os rumos.
Já os amores...Se pudesse deixaria que os amores voassem! Que depois de murchos e cansados pudessem alçar voos mirando uma fazenda de algodão. ( Não deixar que os amores caiam sobre a terra!) Ou caso inevitável, que surgisse dali, como mágica , um sutil girassol!
Um amor-palavra!
(no avião, MS-SP,2010)