segunda-feira, 21 de novembro de 2011


 
Estação Tamanduateí, da CPTM. Acabo de fechar um livro de contos do Érico Veríssimo:Sonata, o que havia acabado de ler. Conta a história de um professor de piano, de uns 28 anos, que se apaixona por uma moça,um pouco mais nova, que não pertence ao seu presente, assim como no filme de Woddy Allen. Ela é de um tempo de golas altas, saias compridas e cintura marcada. Compõe para ela uma sonata,Sonata... em Ré Maior. Prova de seu amor.
Assim que desço do trem para fazer a baldeação para Vila Madalena, do metrô, começo a ouvir de longe um piano. Á medida que subo as escadas o som vai aumentando e tomando conta de meus ouvidos. Um rapaz, de uns 20 e poucos anos, toca um desses pianos espalhados pela cidade.É uma canção dessas que mais parecem um suspiro... Ao seu lado uma moça, um pouco mais nova. A ternura com que se olham enquanto ele toca é indescrítível! Por alguns instantes o tempo pára e sinto um pequeno e doce milagre numa típica manhã paulistana, repleta de vai e vem."-Um milagre me atravessou!"
Então, quase acreditei que eles acontecem assim, diante dos nossos olhos. Acontecem!
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

E ali, dentro daquele instante ainda pensei: Por quanto tempo? Quantas bocas serão inevitáveis para calar minha pele? Ali, dentro/fora da varanda enluarada, a brisa divisando o tempo: Vai...
E eu duvidei. Num despautério sem fim não parei e... não findei.  
Por quanto tempo ainda? O vermelho no peito, as escadarias mais coloridas que esses olhos! Na verdade, não. Não são tão coloridos assim: são olhos imprecisos, perdidos num lugar qualquer entre o vão da porta. Lugar esse que não visito, que não tomo parte e talvez nem queira tomar. Para que forjar um sentido? Em verdade, com os olhos (agora os meus!) fechados e as mãos à procura, aflita, tive certeza de ti. Daquelas certezas que escorrem até os pés! Eu procurava era por ti! E assim, eu quase te amava! Assim, eu quase te amo! Quase penso que será pra sempre tu e eu! Por quanto tempo ainda? A tua boca que me encontra com a delicadeza de ave pousando... As tuas mãos fazendo de meu corpo  bela canção... Eu quero o teu timbre, os teus ais...
 Nada mais significa amor quando você não está!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cabelos bordados pela noite
Assim...você chega, você vai...
Canção nasce no horizonte
Desabrocha um leve ai...