sexta-feira, 10 de maio de 2013


As crianças correm com o chão na cabeça. 
Pernas pro ar de menino vira raiz...
"No café da manhã, minhas certezas servem-se de dúvidas. E tem dias em que me sinto estrangeiro aqui e em qualquer outra parte. Nesses dias, dias sem sol, noites sem lua, nenhum lugar é o meu lugar e não consigo me reconhecer em nada, em ninguém. As palavras não se parecem aquilo que dão nome, e não se parecem nem mesmo ao seu próprio som. Então não estou onde estou. Deixo meu corpo e saio, para longe, para lugar nenhum, e não quero estar com ninguém, nem mesmo comigo, e não tenho, nem quero ter, nome algum: então perco a vontade de me chamar ou de ser chamado." 


"A Pálida", Livro dos Abraços, de Eduardo Galeano.
O tempo arrasta suas sandálias.
Recostado numa pia de cozinha, descompromissadamente, bebe café. 
A fumaça sobe pelos ares. 
O tempo tem todo o tempo do mundo!

Chovia! Terra molhada vertia memórias.
Pingos nos is.